- Welinton Naveira e Silva
A própria estrutura montada para escolha dos dirigentes em todos os sistemas políticos do planeta, não é racional. É de cunho emocional, tendencioso, sob fortes interesses dos poderosos, nacionais e externos, portanto, um desastre.
Desses capengas sistemas de seleção e escolha dos representantes do povo, só mesmo, uma incrível sorte para surgir um conjunto mínimo coeso de lideranças com força e capacidade para atender os verdadeiros anseios e prioridades do povo e da nação.
O sistema é tão absurdo, que se semelhantes maluquices, vigentes em todo o planeta, se adotada por uma empresa pública ou privada, em qualquer lugar do mundo, certamente que a levaria a bancarrota e em pouco tempo.
Sabemos disso, mas nada fazemos para mudar esse absurdo processo seletivo e de governo. Nem mesmo, a níveis de questionamentos e debates puramente teórico.
O homem, a exemplo de vários animais selvagens, necessita de liderança. É de sua natureza humana. Por outro lado, a nossa sociedade não desenvolve ambientes adequados para produção e formação de lideranças. Ao contrário, é castradora, desde cedo existe uma pressão sobre as crianças para tornarem obedientes e cordatas.
As crianças rebeldes e as de maiores iniciativas costumam não serem incentivadas. A maior prova da carência de lideranças com competência também pode ser evidenciada nos astronômicos ganhos dos grandes executivos, em todo o mundo. São escassos.
Liderança com capacidade construtiva é coisa rara, muito rara. Dos inúmeros absurdos do sistema democrático, podemos citar:
A) Não incentiva surgimento e formação de grandes lideranças dotados das devidas competências;
B) O candidato pode prometer o que bem entende sem preocupação alguma em cumprir;
C) Não existem mecanismos ágeis e práticos, a serem acionados na pronta destituição de nossos representantes tão logo materialize amplo desagrado popular;
D) Toda a gestão da coisa pública com pouca ou nenhuma transparência;
E) Os mecanismos de apuração e punição dos corruptos, são inadequados, viciados, injustos e precários;
F) Não existem mecanismos objetivando a formação e elevação da consciência política do povo, muito ao contrário, ALIENAÇÃO.