- Welinton Naveira e Silva
Os prognósticos para o cenário da economia mundial, são de tempo cada vez mais fechado. Prometem muitas tempestades para as próximas décadas, incluindo toda a sorte de tensões e conflitos, decorrentes das crises econômicas, que devem agravar, bastante. E em tempos assim, quem tiver grandes riquezas naturais e/ou importantes mercados, mas sem condições de efetiva contundente defesa, por certo que estará metido em imensas encrencas. A Nação Brasileira, extremamente rica em recursos naturais, inclusive, em extensão territorial, petróleo, gás natural, água, biodiversidades, minérios de todos os tipos, incluindo os raros e estratégicos e outras riquezas mais, bem como significativo mercado externo, vai precisar contar com efetiva força militar de dissuasão. Se a gente tiver um pouco de juízo, temos que deixar as nossas Forças Armadas, dentro do possível, muito bem equipadas, selecionadas, bem remuneradas, adestradas e enxutas, inclusive, contando com o nosso submarino nuclear (iniciado a mais de 40 anos) concluído e em operação, o mais rápido possível. Também, imprescindíveis foguetes de longa distância, se possível, com bombas nucleares.
Por certo que muita gente deve ficar estarrecida e horrorizada diante de semelhante proposta. Mas essa gente, parece que não se horroriza com a desgraça alheia, aquela que sempre está acontecendo com outros povos, por coincidência, possuidores de grandes riquezas naturais. Ingenuamente, acreditam que nunca aconteceria com o Brasil. Por certo que desconhecem inteiramente os horrores que os EUA estão fazendo no Iraque, aniquilando e arrasando uma nação inteira, causando a morte de milhares de crianças, jovens, homens, mulheres e idosos, tudo, pela posse e controle das riquíssimas jazidas do petróleo iraquiano. Semelhantes crimes, também estão fazendo no Afeganistão, nação possuidora de imensas riquezas naturais.
Há alguns anos atrás, a Argentina resolveu deixar bem claro para a Inglaterra o indiscutível direito sobre as Ilhas Malvinas. Mas as coisas tomaram complicado rumo, necessitando pegar em armas para valer os seus legítimos direitos, enfrentando a Inglaterra, que indevidamente, arroga a posse desse rico e estratégico território argentino. Apesar dos reconhecidos direitos sobre as Ilhas Malvinas, a Argentina acabou perdendo a guerra com os ingleses. Lutou como nunca, com bravura incrível, mas perdeu. E perdeu, porque não tinha uma força militar estratégica a altura de fazer frente ao formidável poderio militar inglês. É bom não esquecer, que na época, os “antigos e tradicionais aliados do norte”, os EUA, simplesmente deixaram a Argentina entregue à sua própria sorte. Não fizeram nada, melhor, ficaram ao lado dos ingleses. Tivessem os argentinos modernos equipamentos e aviões de combate, e/ou foguetes de longo alcance equipados ou não, com bombas atômicas, a Inglaterra jamais teria se metido em semelhante desatino com a Argentina. Acredite senhores, que essa é a lógica dos homens, sensatos e insensatos, loucos ou não.
O mundo sempre foi e continuará sendo, cada dia mais, um lugar violento e inseguro, com poderosos pistoleiros. Quem não tem boa arma e fama de pontaria certeira, acaba no chão, humilhado, derrotado, sem direito algum. Infelizmente, essa é uma trágica realidade do selvagem mundo capitalista. Assim sendo, fica muito claro que devemos dotar as nossas Forças Armadas, de um mínimo poder de dissuasão. Para tanto, além dos conhecidos e indiscutíveis pré-requisitos em armas e equipamentos militares, temos ainda que contar com uma elite de comandantes, constituída de gente nacionalista, brilhante, corajosa, honrada e muito bem preparada. Sem isso, tudo se complica, e muito.
Quanto a essas imprescindíveis qualidades de nossos altos comandantes, não pode haver dúvidas alguma. E neste presente momento de nossa história, é a oportunidade de nossas Forças Armadas darem provas de honra e coragem, pondo tudo em pratos limpos, escancarando os porões da ditadura militar que ainda continuam trancados, à luz dos esclarecimentos, amplos e definitivos, sobre tudo o que houve naqueles tempos de chumbo da ditadura militar, envolvendo torturas, torturadores, assassinatos, terrorismo, arbitrárias prisões, seqüestros e desaparecimentos de presos políticos. Como tudo na vida, a coragem tem que ser evidenciada e provada, numa hora desta e em casa, pois que em tempos de conflitos, poderá ser tarde demais, pois que não cabe, qualquer tipo de fraturas. A Nação Brasileira conta com a coragem e hombridade dos comandantes supremos de nossas Forças Armadas, para a segurança e tranqüilidade de todos os brasileiros, também, para encerrar todas as pendências daqueles tristes tempos.
A memória humana é fraca, a maldade imensa, se a sociedade não deixar muito claro que jamais aceitará esses intoleráveis e hediondos crimes, tudo poderá ocorrer outra vez. Precisamos fazer algo semelhante o que os judeus fazem com respeito ao holocausto nazista. Temos que adotar posições, comportamentos, atitudes e culturas firmes no combate sobre semelhantes barbáries, tais como as cometidas pela ditadura militar. A tortura, prisões arbitrárias, seqüestros, assassinatos, terrorismo e perseguições, são monstruosidades intoleráveis, a qualquer sociedade civilizada. Errar é humano, e por isso mesmo, temos que deixar muito claro que nunca mais o Estado voltará a praticar semelhantes erros, em nenhum governo, seja de esquerda, de centro ou de direita. Não pode pairar dúvidas alguma, a começar por deixar tudo muito bem esclarecido e transparente sobre os terríveis acontecimentos dos anos de chumbo da ditadura militar. Com a palavra, as nossas muito importantes e honradas, Forças Armadas.
Escola Filosófica Sensitivista 